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Uma viagem por «Asas Negras» em 5 factos

“— Os sonhos carregam sempre mensagens, Kore — dissera Isy enquanto as meninas observavam o céu estrelado. — Tal como as constelações nos guiam o caminho, também os sonhos têm esse poder. Basta abrires a mente.”

in “Asas Negras”


Tinha doze anos quando comecei a escrever uma história, porém desde pequenina que o imaginário e a fantasia me deslumbram os dias e sonhos. Durante a jornada de criação de “Asas Negras” aprendi muito sobre o mundo literário, sobre as minha limitações e sobre a força dos meus sonhos. Com diz Isy – uma das personagens do conto – basta abrirmos as nossas mentes para compreendermos o caminho.



Participar neste projeto – na coletânea Promessas de Sonhos – foi uma experiência que guardo com carinho. Por entre altos e baixos este bebé literário possibilitou aprendizagens enriquecedoras, desde o momento de conceção da coletânea e escrita do primeiro rascunho do conto, até ao presente dia, com os novos ensinamentos marcados no meu corpo.

Através da publicação do livro, pude partilhar momentos fantásticos com autores, leitores e membros da comunidade livrólica. Existe, no entanto, alguns factos guardados. Neste artigo revelo algumas dessas curiosidades.




5 Curiosidades de “Asas Negras”


1) Surpresas das Personagens


Muitas são as vezes em que, durante o processo de escrita, levamos as personagens a agir da maneira como cremos ser a mais correta para a história.

A primeira versão de “Asas Negras” sofreu alterações tremendas, aumentando o tamanho da história, ao me aperceber – graças às leituras beta e a um momento de reflexão – que as personagens não estavam a agir segundo a sua verdadeira essência.

Nesses momentos surpresa, de correção e revisão, ao promover o realismo e aceitar que forçava situações e ações, encontrei das minhas cenas favoritas do conto. Por exemplo, sem dar spoilers, a revelação da verdade e a decisão de Kore.


2) Personagem favorito


Amar todas as personagens criadas, por diferentes motivos, quer fossem boas ou más, nunca foi uma tarefa difícil para mim. Em “Asas Negras” dei por mim a refletir sobre cada nuance dos seres registados no papel, chegando à conclusão adoro o Salsicha.

Para quem desconhece, o meu conto envolve Harpies e Piratas, e o Salsicha é um desses piratas.

Imprevisto, espontâneo e divertido… nunca me cansava das suas falas e atos, e muito tive de cortar das suas cenas. A fluidez de escrita era uma bufada de ar fresco no que tocava a escrever sobre o Salsicha, e adorava escrever mais sobre ele no futuro.


3) Música Escutada


Durante o primeiro processo de escrita, uma das músicas em repeat na minha Playlist era “Don’t Give Up On Me” de Andy Grammer. Não necessariamente pela letra, mas porque a melodia e voz do cantor me deixavam embalada.


4) Escrever à mão


Inicialmente escrevi cenas, ideias, diálogos e mesmo capítulos inteiros num caderno, durante as pausas no trabalho.

Foi uma experiência que me relembrou com saudade e carinho as primeiras histórias criadas quando tinha doze e treze anos. Sem bloqueios de escrita, dava por mim a descrever imagens que bailavam nos pensamentos e atormentavam os meus sonhos.


5) Título Previsto

“Asas Negras” sempre foi o título previsto para a história.

Das primeiras ideias a surgirem de uma forma inesperada e que foi um dos pontos de partida para a criação de Kore e da cena final. Sim, sempre soube como terminaria o conto, apenas precisava de escrever a jornada até o alcançar.


***

A aventura de “Asas Negras” foi especial. Ensinou-me a confiar no meu instinto, a aceitar ajudar, e a respeitar os limites mentais e físicos. Mostrou-me que sou resiliente e devo deixar levar-me pelas palavras e pela história, sem me esquecer de me divertir. Por isso, sinto muito orgulho desta viagem e espero que vocês – leitores – se divirtam tanto com cada história lida, e se derem uma oportunidade ao “Asas Negras”, desejo-vos uma boa leitura.

Escrito por: Jéssica Reis


Jéssica Reis nasceu a 11 de outubro de 1994, na cidade de Leiria. A escolha do seu nome avizinhava-se como um presságio para a grande paixão que atualmente a prende e agarra aos livros, pois foi inspirado na Jessica Fletcher. Sendo a terceira geração de amantes de livros no seio da sua família, desde cedo que se deixava transportar para outros mundos enredada nas palavras dos grandes escritores. Não demorou para que as suas próprias ideias ganhassem contornos, ainda que suaves, e pequenas histórias começarem a surgir. Tem atualmente um blog onde partilha com o mundo as suas opiniões dos livros que vai lendo, assim como alguns contos que vai escrevendo.

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